Sete anos após o suicídio de Getúlio Vargas, outro presidente, Jânio Quadros, igualmente eleito com expressiva votação popular, deixava o poder de forma dramática. Mas, além de carecer do sentimento de grandeza do gesto do primeiro, a renúncia de Jânio permanece até hoje, no mínimo, polêmica. A comparação é inevitável, embora ao carisma de Getúlio se contraponha apenas a caricatura janista, um ator com papel ultrapassado e mistificador. Possuidor de um estilo autoritário, moralista e extremamente personificado, Jânio evocava um populismo de direita, um sintoma da falência do sistema partidário. Maria Victoria Benevides analisa, nesta concisa e inteligente obra, a especificidade do governo Jânio Quadros dentro período populista e as características desse líder tão controvertido e extremado.
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